Assinala-se hoje, 1 de Novembro, o dia de Todos os Santos. Por todo o país, as pessoas visitam os cemitérios evocando a memória dos ente-queridos. A azáfama que antecipa este dia, com a escolha das flores mais bonitas e dos arranjos mais encantadores, traduz o carinho com que se recorda aqueles que já não estão entre nós. Não é a visita ao cemitério que mostra o quanto amamos ou sentimos saudades daqueles que já partiram. Muitos de nós preferem não ir ao cemitério, outros sentem-se melhor com visitas frequentes e zelosas do espaço sentindo-se assim mais próximo dos ente-queridos. Importa que sejamos capazes de respeitar as diferenças, a forma como cada um de nós se sente melhor. Não precisamos todos de ir ao cemitério - esta visita deve ser reconfortante, deve fazer-nos sentir mais próximos, deve ser como um bálsamo para a nossa dor e em momento algum deve ser uma obrigação, um sacrifício ou uma tortura. Porque cada um de nós vive o luto da sua própria maneira, porque cada um de nós lida à sua maneira com a dor da perda, porque as tradições devem ser um conforto e não uma imposição.
Hoje, Dia de Todos os Santos, recordamos aqueles que, não estando entre nós, não deixaram de estar vivos no nosso coração. Que seja um dia de doces recordações e suaves memórias.
Sandra Ferreira
